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Lula quer fazer reforma ministerial mais enxuta e primeira etapa deve atingir PT

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva decidiu fazer uma reforma ministerial mais enxuta neste início de ano. As mudanças, chamadas de “pontuais”, vão atingir o PT, que hoje tem 11 dos 38 ministérios. A intenção de Lula é desvincular as trocas das pressões de partidos aliados no Congresso, em um primeiro momento, para não parecer refém do Centrão.

Foi por isso que o titular da Casa Civil, Rui Costa, disse nesta quinta-feira, 9, em entrevista à GloboNews, que alguns ajustes na equipe podem ser feitos ainda neste mês, antes da primeira reunião ministerial de 2025, marcada para o próximo dia 21.

Na prática, porém, o presidente terá de mexer no governo mais adiante. As escolhas de Hugo Motta (Republicanos) e Davi Alcolumbre (União Brasil) para presidir a Câmara e o Senado, respectivamente, são dadas como certas, em fevereiro. Mas, sem maioria nas Casas legislativas, Lula precisará fazer a “repactuação” com aliados do Centrão para ter governabilidade.

A estratégia também mira a montagem de alianças com o PT para as eleições de 2026, quando Lula pretende concorrer a novo mandato. O problema é que o Centrão não quer garantir esse apoio para a disputa do ano que vem – alguns porque já têm pré-candidatos na praça e outros porque querem ver como o governo chegará em 2026. Além disso, partidos como o MDB estão muito divididos.

As mudanças no primeiro escalão tiveram início nesta semana com a entrada do publicitário Sidônio Palmeira na Secretaria de Comunicação Social (Secom). Marqueteiro da campanha de Lula em 2022, Sidônio substituiu Paulo Pimenta (PT) e já começou a alterar a organização da pasta, tendo como foco as redes sociais.

A nova cara da comunicação do governo vai incluir a construção de marcas vistosas para os principais ministérios, que ainda não apresentam um portfólio de programas. Nesse rol estão os ministérios de Saúde, Educação e Meio Ambiente.