Parlamentares e lobistas ligados à indústria do gás tentam convencer o governo a não vetar o trecho do projeto de lei das eólicas offshore que beneficia o setor. Nesta sexta-feira (10), acaba o prazo para que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sancione o texto.
Uma edição extraordinária pode ser emitida pelo governo a qualquer momento, mas conforme relatos feitos à Folha, a pressão contra a derrubada do trecho avançou durante todo o dia. Entre os parlamentares que tentam evitar o veto presidencial estão o senador Davi Alcolumbre (União-AP) e o relator do texto, senador Weverton (PDT-MA).
Se o presidente não se manifestar, o projeto é considerado automaticamente sancionado, com todo o teor do texto. Nesse caso, o presidente teria o dever posterior de promulgar a lei.
O tema é acompanhado à distância pelo ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, que está em missão, em Abu Dhabi, e afirmou nesta semana, conforme publicou a Folha, que havia consenso entre ministros para vetar os jabutis. O ministro Fernando Haddad (Fazenda) também disse que a posição pelo veto era unânime.
“Todos os ministérios que se manifestaram foram unânimes em relação a isso, inclusive porque há um grave prejuízo à economia popular. Há um grave prejuízo à economia popular. Há um problema efetivo de que a conta de luz das pessoas mais pobres é afetada por essa decisão. Então foi unânime a decisão dos ministros de levar à consideração do presidente o veto a todos os jabutis”, disse Haddad.