Bahia Hoje News

Planalto adota estratégia para esfriar crise após Alcolumbre subir o tom contra ‘interferência indevida’ na sabatina de Messias

Em uma escalada na crise com o Palácio do Planalto, o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), subiu o tom contra o governo de Luiz Inácio Lula da Silva e acusou “setores do Executivo” de tentar associar dificuldades de apoio no Congresso à negociação de cargos. Em uma dura nota divulgada ontem, o senador apontou interferência indevida no processo envolvendo a análise da indicação do advogado-geral da União (AGU), Jorge Messias, ao Supremo Tribunal Federal (STF), e afirmou considerar as insinuações ofensivas “não apenas ao Presidente do Congresso Nacional, mas a todo o Poder Legislativo”.

A reação do Planalto foi de tentar pôr panos quentes na crise. Pouco após Alcolumbre divulgar a nota, a ministra Gleisi Hoffmann, da Secretaria de Relações Institucionais, foi às redes sociais dizer que o governo tem pelo presidente do Senado “o mais alto respeito e reconhecimento”. A estratégia, segundo aliados da ministra, é fazer acenos à cúpula das casas legislativas para distensionar a relação.

A indicação de Messias ao STF aprofundou o mal-estar entre o Palácio do Planalto e o presidente do Senado. Segundo aliados, Alcolumbre não foi comunicado da escolha por Lula antes do anúncio e já havia demonstrado incômodo com a forma como o processo vinha sendo conduzido. O preferido dele, e também da maioria dos senadores, era o senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG).

Banner animado TVE