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Projeção de PIB negativo no quarto trimestre de 2021 ganha força após queda de serviços

A retração de atividade nos principais setores da economia, serviços, comércio e produção industrial, no mês de outubro, reforça o quadro de fraqueza econômica no Brasil. Diante da queda generalizada, um número maior de analistas já projeta PIB (Produto Interno Bruto) negativo no quarto trimestre de 2021.

A deterioração do cenário ficou mais nítida nesta terça-feira (14), após o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulgar o resultado de serviços em outubro.

Na comparação com setembro, o volume do setor, o principal da economia nacional, teve baixa de 1,2%. Foi a segunda retração em sequência. Em setembro, o setor havia registrado queda de 0,7%.

Antes de divulgar o dado de serviços, o IBGE havia confirmado recuos de 0,6% na produção industrial e de 0,1% nas vendas do varejo no mesmo mês de outubro. Ou seja, os três setores pesquisados começaram o quarto trimestre no vermelho.

A perda de força na retomada ocorre em meio a um contexto de inflação alta, juros elevados e dificuldades no mercado de trabalho.

Nesta terça, a XP afirmou, em relatório assinado pelo economista Rodolfo Margato, que “o setor de serviços decepciona pelo segundo mês consecutivo”.

O segmento inclui atividades que foram muito afetadas pelo isolamento social na pandemia, e a expectativa era de retorno com vigor quando a circulação de pessoas fosse totalmente liberada.

Na visão da XP, se justamente essa parcela da atividade não reage como o esperado, “há riscos crescentes de contração do PIB no quarto trimestre”.

A instituição financeira projeta recuo de 0,2% no indicador entre outubro e dezembro, ante o terceiro trimestre, já descontados os efeitos sazonais.

No acumulado de 2021, a casa aposta em alta de 4,5% do PIB, após o tombo de 3,9% em 2020. Já em 2022, a projeção é de variação nula (0%).

Os indicadores de volume de serviços, produção industrial e vendas do varejo guardam diferenças em relação ao cálculo do PIB, mas servem como um termômetro da atividade econômica.

Fonte: Folha de São Paulo

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