Após o pedido de demissão de Pedro Guimarães da presidência da Caixa Econômica Federal, o banco se pronunciou oficialmente pela primeira vez sobre as denúncias de assédio sexual de funcionárias, reveladas pelo site Metrópoles e investigadas pelo Ministério Público Federal.
Na nota enviada à imprensa, a Caixa reconhece que recebeu, por meio de seu canal de denúncias, relato de casos de assédio na instituição e que repudia “qualquer tipo de assédio”. “A investigação corre em sigilo, no âmbito da Corregedoria, motivo pelo qual não era de conhecimento das outras áreas do banco”, diz o texto.
Na resposta publicada na reportagem do Metrópoles, que saiu nesta terça-feira, 28, a Caixa havia informado que não tinha “conhecimento das denúncias apresentadas pelo veículo”.
Segundo o banco, a investigação interna que está em andamento foi instaurada em maio deste ano. Nesse contexto, foram realizados contatos “com o/a denunciante, que permanece anônimo/a”, conforme a nota. Disse ainda que foram realizadas diligências internas que geraram material preliminar, que está em avaliação.
“Portanto, a Corregedoria admitiu a denúncia e deu notícia ao/à denunciante, se colocando à inteira disposição para colher o seu depoimento, mantendo seu anonimato”, frisa, na nota enviada à imprensa.
A Caixa ainda afirma que eventuais novas informações serão “imediatamente” integradas ao procedimento de apuração. Além disso, o banco ressaltou que seu canal de denúncias é administrado por órgão externo à instituição.
Conforme a Caixa, isso garante a transparência, segurança e proteção para denunciantes (empregados, clientes, usuários, terceirizados, parceiros), que queiram apontar atos ilícitos cometidos por empregados da Caixa ou que tenham tido sua participação.
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