O núcleo político da campanha de Bolsonaro já montou uma nova estratégia para tentar minimizar os resultados do Datafolha, que divulga nesta quinta-feira uma nova pesquisa. Apesar de o instituto ser reconhecido nacionalmente pela seriedade do seu trabalho, tem sido constantemente criticado pela base bolsonarista, porque o presidente aparece muitos pontos percentuais atrás de Lula.
Se num primeiro momento Bolsonaro usa o número de populares presentes em suas agendas públicas para dizer que as pesquisas não refletiriam o que chama de “DataPovo”, agora a ala política afirma que os levantamentos também não teriam capacidade de captar o retorno que candidatos bolsonaristas nos estados têm levado ao presidente, o que foi apelidado na campanha de “DataCandidato”.
Segundo membros da equipe, não há expectativa de que a pesquisa Datafolha traga grandes avanços de Bolsonaro, que em 18 de agosto estava 15 pontos atrás de Lula. Na prática, o “DataCandidato” não passa de mais uma vacina para justificar o desempenho do presidente, caso os números não sejam satisfatórios para a campanha.
Como informou a coluna, uma das justificativas usadas pelo núcleo bolsonarista para explicar a posição de Bolsonaro atrás de Lula no Datafolha é dizer que os apoiadores do presidente se recusam a responder o instituto.
Na campanha de Bolsonaro havia a projeção de que o presidente alcançaria Lula até o fim de agosto nos levantamentos internos contratadas pelo PL, mas esse resultado ainda não apareceu.
Nesta segunda-feira, o Ipec mostrou que Lula segue com 44% das intenções de voto, enquanto o presidente está com 32%. A frustração maior foi a de que o pagamento do Auxílio Emergencial ainda não surtiu efeito no eleitorado.
Fonte: O Globo
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