A Petrobras, que se tornou a maior pagadora de dividendos da Bolsa, vai começar a distribuição da primeira parcela da distribuição de lucros aos seus acionistas aprovada por seu Conselho de Administração nesta quarta-feira.
Ao todo, serão R$ 87,8 bilhões pagos em proventos pela estatal referentes ao segundo trimestre, um recorde para um período de apenas três meses. O pagamento vai beneficiar principalmente o caixa da União, maior acionista da empresa. O governo vai levar R$ 32,1 bilhões, somando R$ 50 bilhões recebidos da sua maior estatal na primeira metade de 2022.
A Petrobras está entre as companhias estatais às quais o governo solicitou alteração no repasse de dividendos para fazer frente aos gastos com a proposta de emenda à Constituição (PEC) Eleitoral, que driblou regras fiscais e eleitorais para conceder novos benefícios às vésperas das eleições.
Mas outras grandes empresas listadas em Bolsa também figuram entre as maiores pagadoras de dividendos, a parcela do lucro que uma empresa paga diretamente aos acionistas, como Gerdau, Marfrig e CPFL Energia.
De acordo com levantamento feito pela Economatica a pedido do GLOBO, considerando a performance das companhias com maior liquidez nos últimos 12 meses terminados em 26 de agosto, as preferenciais da Petrobras (PETR4) chegaram a 60,53% de dividend yield em relação ao preço da ação no início do período.
Esse indicador mede a rentabilidade de um papel considerando apenas o pagamento de dividendos aos detentores do papel e não a sua valorização no mercado.
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