Integrantes do governo Bolsonaro têm, na ponta da língua, a justificativa para Bolsonaro ter cancelado, de última hora, sua participação na comemoração da Independência realizada pelo Congresso Nacional, nesta manhã.
A explicação arranjada é de que Bolsonaro sabia que sua atuação no 7 de setembro seria criticada e não teria por que marcar presença neste evento, após a adesão popular exibida nas manifestações do 7 de setembro.
O uso político feito por Bolsonaro de uma data institucional foi destacado em alguns discursos como o do senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), que também apontou o caráter machista de falas do presidente.
Integrantes da campanha têm insistido junto a Bolsonaro que ele evite se expor em situações de confrontos, já que a postura bélica lhe tira votos.
Além disso, há o incomodo latente no Palácio do Planalto de nenhum chefe dos demais poderes ter comparecido ao desfile do 7 de setembro em Brasília, como é praxe. Apesar nenhum auxiliar do presidente admitir publicamente, relatam, nos bastidores, que o fato mostra isolamento político. Em contrapartida, alegam que o número de populares nas ruas teria mostrado grande apoio e seria ferramentas para atrair a classe política e os eleitores que vinham se afastando de Bolsonaro.
Como informou o colunista Lauro Jardim, o cerimonial da Presidência avisou ao Congresso do cancelamento da agenda sem justificar o motivo. O evento constava na agenda oficial de Bolsonaro, divulgada na noite de quarta-feira.
Fonte: Folha de São Paulo
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