Expandir o Pix para a América Latina é a prioridade do Banco Central na internacionalização do sistema de pagamentos instantâneos do Brasil, disse Roberto Campos Neto, presidente da autoridade monetária, nesta sexta-feira (30).
Segundo o chefe do BC, Colômbia, Uruguai e Peru mostraram interesse em desenvolver uma ferramenta nos mesmos moldes do Pix, tendo um baixo custo –foram R$ 5 milhões investidos no projeto –e um “time to market” (tempo de lançamento no mercado) em linha com a experiência brasileira.
“A gente teve nessa semana uma reunião com presidentes dos bancos centrais da Colômbia [Leonardo Villar], do Uruguai [Diego Labat] e do Peru [Julio Velarde Flores]. Eles falaram: ‘A gente quer fazer um Pix’”, disse Campos Neto, em evento organizado pela startup DrumWave, em São Paulo.
“A gente abriu, então, uma sessão em novembro, com seis dias, em que a gente vai mostrar tudo o que fez no Pix para quem quiser. Nossa prioridade agora é a América Latina, mas tem chance de expandir bastante”, acrescentou.
Em agosto, Campos Neto contou que vinha conversando bastante com o banqueiro central da Colômbia sobre o tema. Na ocasião, disse que o Canadá também está interessado no Pix por ser “muito barato”.
O presidente disse ainda que o Pix “está só no começo” e que “tem muita coisa pela frente”.
Um dia antes, em coletiva sobre o relatório trimestral de inflação, Campos Neto rebateu o uso político do Pix pelo presidente Jair Bolsonaro (PL) em sua campanha de reeleição, dizendo que o sistema de pagamentos instantâneos é uma conquista dos funcionários do BC, que trabalharam “dia e noite” durante a pandemia para lançar a ferramenta em novembro de 2020.
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