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Diretor da PRF vira réu, mas Justiça adia decisão sobre seu afastamento do cargo

A Justiça Federal decidiu adiar a análise do pedido do MPF (Ministério Público Federal) no Rio de Janeiro de afastamento do diretor da PRF (Polícia Rodoviária Federal), Silvinei Vasques, em razão das férias do agente.

O juiz José Arthur Diniz Borges, da 8ª Vara Federal do Rio de Janeiro, não analisou o mérito da ação civil pública proposta pelo MPF sob alegação de uso indevido do cargo por ter feito campanha em suas redes sociais em favor do presidente Jair Bolsonaro (PL). Mas, ao notificar Silvinei, o tornou réu no processo.

A decisão foi antecipada pela GloboNews e confirmada pela Folha.

“Tendo em vista que o Diretor-Geral da Polícia Rodoviária Federal encontra-se com afastamento legalmente instituído para usufruto de férias no período de 16/11/2022 a 06/12/2022 nos termos de informação prestado a este Juízo pela Direção de Gestão de Pessoas da Polícia Rodoviária Federal, postergo a apreciação da cautelar requerida para após a vinda da contestação”, escreveu o magistrado em decisão no dia 18.

Silvinei tem um mês para responder às acusações, o que na prática põe em risco poucos dias no cargo, já que não deve permanecer na gestão do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Borges tornou público o processo nesta quinta-feira (24). “A pacificação tão propalada nesses tempos pressupõe: serenidade, estabilidade, legalidade e legitimidade e, no que depender desse juízo, tais valores nortearão minha decisão e julgamento”, escreveu o magistrado.

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