As pessoas mais velhas que estão socialmente isoladas enfrentam um risco 28% maior de desenvolver demência do que as que não estão, segundo estudo da Johns Hopkins (EUA) publicado no Journal of the American Geriatrics Society. O isolamento social é geralmente definido como ter poucas relações sociais e poucas pessoas com quem interagir regularmente.
O trabalho envolveu 5.022 residentes nos Estados Unidos com 65 anos ou mais (a idade média dos participantes era de 76 anos) que não tinham demência no início do estudo e não viviam em uma casa de repouso ou outra instituição. Cerca de 23% foram considerados socialmente isolados, mas a maioria dos participantes (77%) não.
Durante um período de nove anos, todos os participantes foram rastreados e periodicamente submetidos a testes cognitivos. Cerca de 26% daqueles que estavam socialmente isolados desenvolveram demência, em comparação a 20% daqueles que não estavam.
O estudo não encontrou diferenças significativas por raça ou etnia. Também não se concentrou em por que ou como o isolamento social aumentou a prevalência de demência. O isolamento social prolongado tem sido associado a fatores de risco comprovados de saúde física e mental, incluindo hipertensão, doenças cardíacas, depressão, atividade cognitiva reduzida e demência, de acordo com o Instituto Nacional do Envelhecimento.
Além disso, as pessoas socialmente isoladas têm menos chances de aproveitar os serviços de saúde disponíveis para os americanos mais velhos, como o Eldercare Locator – um programa de administração do envelhecimento que conecta idosos e suas famílias aos serviços disponíveis.
Os Centros de Controle e Prevenção de Doenças americanos (CDC) dizem que o isolamento social afeta aproximadamente um quarto dos americanos com 65 anos ou mais. Cerca de 6 milhões de americanos têm o tipo mais comum de demência, a doença de Alzheimer, de acordo com o órgão.
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