Bahia Hoje News

Lego sofre a maior queda no lucro em quase duas décadas

O grupo de brinquedos dinamarquês Lego sofreu a pior queda no lucro em quase duas décadas, à medida que as receitas estagnaram após um fim abrupto no crescimento extraordinário impulsionado pela pandemia de Covid-19.

A fabricante de brinquedos, que é de propriedade privada, informou nesta quarta-feira (30) que as vendas no primeiro semestre do ano aumentaram 1% para 27,4 bilhões de coroas dinamarquesas (R$ 19,45 bilhões), mas que o lucro operacional caiu 19% para 6,4 bilhões de coroas (R$ 4,54 bilhões), a maior queda desde pelo menos 2004.

O CEO da empresa, Niels Christiansen, disse ao Financial Times que ainda assim está “muito satisfeito”, pois o grupo está superando uma indústria de brinquedos “muito desafiada” e consolidando sua posição como a maior fabricante de brinquedos do mundo em termos de vendas e lucro.

Ele atribuiu a queda no lucro ao “efeito extraordinário” do recente aumento nos custos de matérias-primas e ao aumento nos investimentos em novas fábricas, engenheiros de software e sustentabilidade.

Christiansen acrescentou que, como a empresa é de propriedade familiar e está em uma posição financeira sólida, “não começamos ou interrompemos investimentos com base se o mercado está subindo ou descendo. Continuamos superando o mercado na mesma proporção dos últimos quatro ou cinco anos. Este ano, o mercado estava em baixa”.

Ele argumentou que o grupo dinamarquês está longe de sua última crise em 2017, quando as vendas e o lucro diminuiu à medida que a empresa perdeu participação de mercado.

Nos últimos cinco anos, a Lego superou em 12% ao ano a média da indústria de brinquedos, acrescentou ele, enquanto seu lucro operacional no primeiro semestre de 2023 foi quase o dobro do nível do mesmo período em 2019.

Adicionar comentário