A relatora do projeto de lei que prorroga até 2027 a desoneração da folha de pagamento para 17 setores da economia, deputada Any Ortiz (Cidadania-RS), afirmou nesta quarta-feira (30) que irá incluir em seu texto a medida que amplia para todo o país a redução da contribuição previdenciária paga por municípios sobre o salário de servidores.
A medida representa um revés para o ministro Fernando Haddad (Fazenda), que é contrário à proposta, uma vez que ela levará a uma perda de arrecadação em um momento em que o governo federal enfrenta dificuldades para alcançar a meta fiscal de 2024, que prevê déficit zero.
A proposta de ampliar o benefício foi apresentada em emenda pelo líder da União Brasil na Câmara, Elmar Nascimento (BA), e será acatada na íntegra no parecer da deputada, segundo ela afirmou a jornalistas.
“Nós recebemos a emenda do líder Elmar, recepcionamos dentro do relatório, incluindo todos os municípios do país em cinco categorias de alíquotas”, afirmou a deputada.
A emenda, que consta originalmente em projeto de lei de autoria do senador Jaques Wagner (PT-BA), estabelece cinco alíquotas que crescem gradativamente conforme o tamanho do PIB (Produto Interno Bruto) per capita do município.
Haverá uma alíquota de 8% para aqueles com o indicador mais baixo e de 10,5%, 13%, 15,5% e 18% quanto maior o índice. Como a alíquota máxima prevista na proposta de Elmar é de 18%, patamar abaixo dos atuais 20%, isso significa que todos os municípios serão beneficiados.
A questão dos municípios foi incluída no PL da desoneração por senadores, que determinaram a redução dos atuais 20% para 8% a contribuição feita ao INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) por municípios com até 142,6 mil habitantes.
“O ajuste proposto pelo Elmar é para garantir justiça também. Porque nós entendemos que a linha de corte para a alíquota dos municípios ser reduzida pelo número de habitantes não faria justiça”, disse a deputada.
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