O banco central dos Estados Unidos, o Federal Reserve (Fed), anunciou a manutenção da taxa de juros do país no intervalo entre 5,25% e 5,50% ao ano — o maior nível desde 2001. A decisão veio alinhada à expectativa dos investidores e analistas de mercado, que agora tentam entender qual será o pico máximo da curva de juros na maior economia do mundo, que afeta negócios e países em todo o mundo.
A decisão do Fed foi anunciada poucas horas antes de o Banco Central do Brasil decidir sobre a taxa básica de juros por aqui, a Selic. Em comunicado, a autoridade monetária americana disse estar fortemente comprometida com a tarefa de fazer a inflação (CPI, na sigla em inglês) voltar à meta de 2% (atualmente está em 3,7% ao ano), fazendo os ajustes que julgar apropriados caso surjam riscos que possam atrapalhar esse objetivo.
Na reunião anterior, em julho, o Fed havia realizado um aumento de 0,25 ponto percentual, após indicadores econômicos sugerirem que a atividade econômica nos EUA estaria expandindo em ritmo moderado, ainda favorecendo a inflação. Antes, em junho, tinha optado pela manutenção da taxa.
— Nós sempre vamos estar aprendendo com os dados econômicos. Nós aprendemos ao longo de todo o ano passado e tivemos que ir mais longe do que pensávamos que seria necessário. Nós realmente não sabemos e é por isso que precisamos ter cautela nesse momento. Um ano atrás, nós agimos bem rápido para aumentar as taxas. Agora, nós acreditamos estar bem perto de alcançar o patamar ideal — afirmou o presidente do Fed, Jerome Powell, em entrevista coletiva.
Adicionar comentário