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Ala do PT vê Gleisi como provável ministra e abre debate sobre sucessão no partido

Uma ala do PT vê movimentações de Lula (PT) para que a presidente do partido, Gleisi Hoffmann (PR), seja incorporada ao time de ministros. Nos bastidores, petistas já iniciaram o debate sobre quem seria o melhor nome para sucedê-la à frente do partido.

Segundo aliados, Lula demonstrou vontade de ter uma mulher no comando do Ministério da Justiça e precisa de um nome de confiança, por isso Gleisi aparece como forte cotada. Mesmo que não assuma esse cargo, petistas acreditam que ela pode ser chamada a chefiar outra pasta.

A presidente do PT viajou nesta semana para o Rio para um encontro com Lula. A expectativa de integrantes do governo é que o assunto seja debatido.

Uma das possibilidades é Gleisi ir para o lugar de Márcio Macêdo na Secretaria-Geral. Nesse cenário, Macêdo é cotado tanto para presidir o PT como para ser candidato à Prefeitura de Aracaju.

Outra hipótese é a presidente do PT substituir Rui Costa à frente da Casa Civil ou Wellington Dias no Ministério do Desenvolvimento Social. Há expectativa de que Lula promova uma nova reforma ministerial no início do ano que vem.

O principal entrave para Gleisi ser ministra é a dificuldade de se encontrar um sucessor natural para o comando do PT. Lula tem a preocupação de que o partido não fique desfalcado, sobretudo num ano eleitoral.

Um dos pontos levantados é que o ano eleitoral demanda que o PT seja conduzido por um nome com autoridade. Além disso, aliados de Gleisi dizem que ela própria demonstra resistência a assumir determinados cargos.

Pessoas próximas ponderam que ela teme sofrer desgaste caso seja ministra da Justiça, posição extremamente delicada por abrigar órgãos como a Polícia Federal e a Polícia Rodoviária Federal. Em outra frente, dizem que na presidência do PT ela tem mais visibilidade do que ministérios de menor porte, como a Secretaria-Geral.

Gleisi chegou a ser cotada ainda na transição para assumir um ministério, mas Lula argumentou que precisava dela no comando do partido.

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