Com tombo de US$ 10 bilhões no pagamento de dividendos ordinários anunciado pela Petrobras referentes ao ano de 2023, a petroleira brasileira deixou o ranking das 20 companhias que mais pagam dividendos globalmente, elaborado pela gestora de fundos britânica Janus Henderson, como antecipou o Valor.
Em 2022 — quando a Petrobras registrou lucro recorde de US$ 36,6 bilhões (R$ 188,3 bilhões) —, a petroleira figurou em segundo lugar, atrás apenas da mineradora australiana BHP. Foi a primeira vez que a brasileira foi listada no ranking desde 2017.
No ano passado, contudo, o lucro da estatal recuou 33%, para US$ 24,9 bilhões (R$ 124,6 bilhões) puxando para baixo também a remuneração aos investidores.
Em dividendos, a Petrobras divulgou que irá pagar R$ 72,4 bilhões, enquanto em 2022 esse montante foi de R$ 222,6 bilhões.
Globalmente, no ano passado, o pagamento de dividendos alcançou o volume recorde de US$ 1,66 trilhão, com aumento de 5% na comparação com 2022. A maioria das companhias (86%) ampliou a remuneração a seus acionistas ou manteve esse pagamento em patamar estável. Os bancos foram responsáveis por metade da expansão registrada no ano.
A Janus Henderson, que tem US$ 335 bilhões em ativos sob sua gestão, mede tendências em pagamentos de dividendos ao medir o desempenho das companhias no pagamento dessa remuneração a seus acionistas, recortando sua análise em regiões, indústrias e setores.
Ao todo, os cortes anunciados por apenas cinco companhias refletiram em uma redução de dois pontos percentuais na taxa subjacente de crescimento total em 2023. Foram elas BHP_, Petrobras, Rio Tinto, Intel e AT&T.
A maior contribuição para a alta em dividendos em 2023 veio dos Estados Unidos. O país figura em uma lista de 22, ao todo, que registraram pagamentos recordes, incluindo ainda França, Alemanha, Itália, Canadá, México e Indonésia.
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